
Já no campo religioso, acredito que temas como homossexualismo, aborto, entre outros, devem ser analisados além das barreiras da crença. Porque ela tende - de uma certa forma - a nos aprisionar, tentando estabeler uma maneira, já pré-existente, de pensar. Mas não precisamos concordar e nos satisfazer com tudo que a religião nos prega. Devemos pensar, nos questionar e depois tomar nossas próprias conclusões a respeito de qualquer assunto, desenvolvendo, assim, nosso senso crítico, ao invés de uma visão unidirecional.
A questão religiosa abre espaço para outros debates, como a adoção de crianças por casais homossexuais. Os contrários a essa ação falam em família etc. Mas, o que é família? Para o dicionário, a família é constituída basicamente de um homem e uma mulher e seus descendentes. Mas será que é apenas isso? Acredito que a importância da família está mais relacionada à transmissão de valores morais do que a possuir ascendentes comuns. Também há os que são contrários à adoção por alegarem que essas crianças irão sofrer influências homossexuais dos pais. Mas, e se sofrer, qual é o problema? Esse medo relacionado à influência que a criança irá sofrer é, em si, um preconceito.
O fato dela sofrer influência não quer dizer que ela irá se tornar homossexual. Da mesma forma que o filho não irá, necessariamente, torcer para o mesmo time de futebol que o pai.
Acredito que a homossexualidade está relacionada ao meio - mas não somente a ele - já que muitos homossexuais conviveram com pais heterossexuais. E é isso que me leva a crer que deve haver também uma predisposição genética.
Mas o que realmente importa não é se uma pessoa é heterossexual, homossexual ou bissexual. E, sim, os seus valores morais como cidadão e sua capacidade de educar - em casos de adoção. O que falta na maioria das pessoas é o respeito, o altruísmo e a capacidade de ver o outro como igual, um ser nem superior, nem inferior, mas com suas diferenças.
Por: Mariana Craveiro
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