segunda-feira, 27 de junho de 2011

Entre épocas

Em qual época você viveria - se pudesse, é claro, escolher? Dias atrás eu diria que no século XVIII ou XIX, na Inglaterra. Para alguns, isso pode parecer uma tolice. Mas o fato é que eu sempre me senti atraída pelos costumes antigos. Os bailes, as roupas - bem diferentes das atuais minissaias - os valores morais que eram passados de pais para filhos e, até mesmo, o conservadorismo.
    Nesse final de semana eu assisti a um filme que me fez refletir a esse respeito. O personagem principal queria ter nascido nos anos 20 e após viajar no tempo descobre que algumas pessoas dessa época compartilham o seu mesmo desejo - ter nascido em outra era. Então eu comecei a me questionar se o problema não era comigo. E agora, eu concluí que sim. Às vezes, somos muito insatisfeitos e não damos o devido valor ao que temos. Estamos sempre achando que "de uma outra forma seria melhor".
    Esse filme me ajudou a valorizar mais a nossa época. Se analisarmos melhor, perceberemos que a sociedade atual progrediu muito em relação às anteriores. Sem querer ser feminista, mas a mulher antigamente não tinha vez, era sempre a dona de casa que vivia para criar os filhos e ser sustentada pelo marido. Com o tempo passamos a ganhar nossa independência e nos inserir mais e mais no mercado de trabalho.
    Agora, você pode estar se perguntando: E os problemas atuais? Irei responder com esse trecho do Diário de Anne Frank.
    "                                                                    Sábado, 15 de julho de 1944
Querida Kitty,
      Recebemos da biblioteca um livro com o título polêmico: O que você acha da jovem moderna? Gostaria de tratar desse assunto hoje.
      A escritora critica a "juventude atual" da cabeça aos pés, ainda que não condene todos como "casos sem esperança". Pelo contrário, ela acredita que os jovens têm o poder de construir um mundo maior, melhor e mais belo, mas que se ocupam com coisas superficiais, sem pensar na beleza verdadeira. [...]"
    Já ouviram algo parecido antes? Eu já! É, até mesmo, estranho notar a semelhança entre tempos tão distintos. Mas, com esse trecho percebemos que os problemas sempre existiram e sempre existirão! E são as críticas que despertam em nós uma vontade de fazer algo para construir um mundo melhor. Portanto, se agora, me perguntarem qual época eu escolheria para viver, eu responderia, com certeza: o agora!
                                      Por: Mariana Craveiro

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